O último serão no escritório (transcrição de 2010/02/17)
-Estou fartinho de estar aqui!
-Podes crer. Cada vez nos espremem mais. Noitadas atrás de noitadas! O meu marido já se anda a passar.
-É normal. Acho que nestes dois meses passei mais tempo contigo
do que com a minha família! A minha mulher também não anda propriamente
simpática.
-Nisso tens razão, de certo modo até tem sido saborosa esta fuga à rotina caseira! Hihihihihi
-Hehehehehe Sim, nesse aspecto é refrescante. É pena é estarmos aqui fechados no escritório.
-Aaaah mas tem sido divertido. Trocámos umas histórias
engraçadas, já para não falar das anedotas e vídeos estúpidos que vimos.
Lembras-te quando dançámos o mambo e derrubámos a Cola e as pizzas
sobre os arquivos? Hahahahaha
-Hahahaha Essa foi de morte! Espero que já tenha saído das fitas
da vídeo-vigilância! Seria vergonhoso aquilo ir parar ao Youtube...
Ui... a porradinha que eu levaria da minha mulher... Ia logo dizer que
eu estava aqui a divertir-me com outras!
-Sim, o meu marido também se iria mandar às paredes. Não sou nada dessas parvoíces de danças malucas.
-Agora que encarrilámos o projecto acho que nos próximos meses
já não vão haver mais serões. Vamos endireitar as nossas relações que
passaram por uns momentos de aperto devido às exigências profissionais.
-Pois é... que estranho... de certo modo até vou sentir saudades
destes momentos. Saía cansada mas bem –disposta. Tu és divertido e
alivias o stress.
-Vá, não te metas com isso. Só sou divertido porque tu também
és. Tive sorte. Se calhasse seres uma matrafona tinha de estar para
aqui caladinho que nem um rato sob risco de ser ameçado para me calar.
Tu és agradável ao olho e à fala. O chamado 2 em 1. Ou quatro se dermos o
devido valor às tuas mamocas!
-Parvo! Não posso vir com um decote mais atrevido metes-te logo com insinuações.
-hehehe Calma, estou-me só a meter contigo. Sei perfeitamente
que estas alianças nos nossos dedos dão faísca se nos aproximar-nos
menos de 2 metros!
-Pois, por isso é melhor mantermos a distância mínima de segurança!
-Ok. Vamos arrumar? Está na hora de apagarem as luzes.
-Sim, acabei.
Ambos arrumam os pertences e vestem os casacos. Caminham lado a
lado pelos corredores em direcção à saída quando, de repente, as luzes
se apagam. Instintivamente ela agarra-se a ele para sentir segurança e
ele agarra-se a ela sem saber porquê. Não dizem nada enquanto sentem o
corpo do outro contra o seu. Pouco depois os seus lábios tocam-se.
Primeiro ao de leve, timidamente, pressionando até provocar o abrir de
boca e o soltar das línguas sem pudor. Do fim do corredor apenas se vêem
e ouvem duas alianças a faiscar e tilintar de encontro uma à outra.
sábado, janeiro 21, 2012
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Crónica (ou género disso)
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Escrito de Fresco porquê?
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Olá... estou-te a ver! Podes falar mal ou falar bem mas com juizinho sff! Beijinho e/ou Abraço